Conforme ditam as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, existem três princípios que fundamentam a educação. São eles: Princípio ético - da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; Princípio estético – da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais; Princípio político – dos direitos e deveres de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. Esses princípios fundamentam a articulação entre as áreas de conhecimento e aspectos da vida cidadã. A escola é um dos espaços para aprender a conviver, a ser, a fazer, a conhecer e para propiciar a troca, a imaginação, a investigação e a partilha de conhecimentos. Pensar de forma autônoma é saber pensar e sobretudo, saber intervir. É necessário que se dê real valor a imaginação (imagine se os grandes inventos tecnológicos não tivessem sido imaginados por alguém?), ao multiculturalismo e às múltiplas linguagens.
A escola deve estabelecer o vínculo das relações interpessoais com sua comunidade local, regional e planetária. As múltiplas linguagens (como a televisão, o vídeo, o rádio, os MP3,4,5 .... e o computador) são equipamentos presentes no dia-a-dia dos alunos e, mesmo que ausente no cotidiano escolar, propiciam o acesso às informações e a construção de saberes quando utilizados criticamente. É preciso ter um plano estratégico de participação e um cuidado especial com a comunicação. pois, se quisermos ter uma população cidadã, ela deve ter o direito a todos os acessos de informações para usá-las com responsabilidade. Assim, nesse processo de formação, faz-se necessário possibilitar a inclusão digital e acesso a todas as tecnologias, estabelecendo uma relação dialética entre o aprender os conteúdos e o ato político de educar. Pois de acordo com Paulo Freire, ler o mundo é um ato anterior à leitura da palavra. O ensino da leitura e da escrita da palavra a que falte o exercício crítico da leitura e da releitura do mundo é, científica e pedagogicamente, capenga. Somos livres quando usamos a razão, a escrita, a tecnologia, numa prática docente ideológica, humanamente comprometida com o nosso povo e pautada pelo respeito. Dentro dessa perspectiva a escola deve ser o espaço que ofereça acesso a estas novas tecnologias para que haja transformação onde o aluno se torna agente de sua história e não mero espectador.